6 de ago. de 2016
Por Nathália Bastos

Senhor das Moscas/ Willian Golding

Título: Senhor das Moscas
Autor: Willian Golding
Editora: Alfaguara
Páginas: 224 
Sinopse: Durante a Segunda Guerra Mundial, um avião cai numa ilha deserta, e seus únicos sobreviventes são um grupo de meninos em idade escolar. Eles descobrem os encantos desse refúgio tropical e, liderados por Ralph, procuram se organizar enquanto esperam um possível resgate. Mas aos poucos — e por seus próprios desígnios — esses garotos aparentemente inocentes transformam a ilha numa visceral disputa pelo poder, e sua selvageria rasga a fina superfície da civilidade, que mantinham como uma lembrança remota da vida em sociedade. Ao narrar a história de meninos perdidos numa ilha paradisíaca, aos poucos se deixando levar pela barbárie, Golding constrói uma história eletrizante, ao mesmo tempo uma reflexão sobre a natureza do mal e a tênue linha entre o poder e a violência desmedida. A nova tradução para o português mostra como Senhor das Moscas mantém o mesmo impacto desde o seu lançamento: um clássico moderno; um livro que retrata de maneira inigualável as áreas de sombra e escuridão da essência do ser humano. 


Ei gente, eu sou a Gabi e hoje eu vim falar pra vocês sobre o clássico “O Senhor das Moscas”, de William Golding. 

Publicado originalmente em 1954, adaptado duas vezes para o cinema, “Senhor das Moscas” é um dos romances essenciais da literatura mundial. O livro é narrado pelas crianças e apresenta o ponto de vista de mais de um personagem ao longo da história, mas em sua maioria é narrada por Ralph. A história é uma distopia e para quem é fã do primeiro livro da trilogia Jogos Vorazes, provavelmente vai curtir essa história também! 

Meninos perdidos em uma ilha deserta! Essa é a premissa e o que gera as demais situações desse livro. A leitura é ótima para se refletir sobre a natureza humana, o por que de nos tornarmos selvagens em determinados ambientes e toda a origem e decadência de uma sociedade! 

Achei a história muito bem construída e que transita de forma muito gradual e suave desde o princípio quando os meninos começam a se organizar na ilha, até quando as coisas começam a entrar em colapso!  

É muito interessante perceber através da escrita do autor a necessidade do ser humano em se organizar em sociedade, de possuir algum guia uma liderança, e como o totalitarismo e o abuso de poder podem ser destrutivos para qualquer ambiente. Fica claro também a desumanização desses garotos e como gradualmente o estado de selvageria se instala entre eles, e cada vez menos eles permanecem ligados às construções sociais do passado. 


Foi uma leitura bem diferente das que costumo ler e eu adorei mudar um pouco! A história é muito boa e já foi adaptada para o cinema, mas confesso que não sei se terei coragem de assistir. Fiquei bem tocada com algumas partes do livro, algumas situações foram “pesadas”, e acho que não saberia lidar bem com o filme. 


O título possui muito sentido uma vez que você chega ao fim da história, do tipo que você fecha a capa do livro e se perde em reflexões, analisando todas as conexões!


"Fizemos tudo o que um adulto faria. Porque aconteceu de errado?"


Eu recomendo muito a leitura, principalmente para gente desmitificar essa história que livro clássico é chato, é pedante, é enorme e tem escrita difícil! O livro tem apenas 224 páginas e a leitura é super tranquila, a editora Alfaguara está de parabéns com essa ótima adaptação. Apesar de ter sido publicada em 1954 pela primeira vez, a história não é nada ultrapassada, exemplo disso é que já vimos essa premissa repetida em histórias contemporâneas, dando muito certo, inclusive. Eu dei quatro estrelas porque a leitura foi ótima, gostei bastante, mas não acho que me apaixonei da mesma forma como quando li “Cem anos de Solidão”, do Gabriel Garcia Marquez, que inclusive já teve resenha aqui também :D, mas amei muito ter conhecido essa história. 

Espero que tenham gostado e comentem aqui se vocês curtem distopia e se interessaram pelo livro. Beijos e até a próxima. 


Post feito pela Gabi Araújo.




Post válido para Top Comentarista de Julho

Comentários via Facebook

12 comentários:

  1. Oi Gabi!
    Distopia é o meu gênero literário favorito <3 Mesmo eu tendo um certo receio com clássicos, você me tranquilizou com essa resenha e fiquei interessada nesse livro. Costumo ler os livros mais atuais, mas acredito que esse seja tão bom quanto. Achei a premissa muito boa, mesmo que já vi alguns parecidos, porém esse me chamou atenção porque não foca em um romance clichêm mas sim em mostrar em como os seres humanos sempre querem transformar (na maioria das vezes no sentido ruim) qualquer lugar que passam.
    Beijos!

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  2. Gabi, depois do romance, posso afirmar que meu gênero preferido é a distopia.
    Este por sinal, me parece muito interessante, não só por nos apresentar meninos perdidos em uma ilha deserta, mas também a forma como ela foi contada, deixando grandes ensinamentos para o leitor.
    Fiquei bastante intrigada e curiosa sobre as cenas pesadas. Lerei sem falta.
    Bjs!

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  3. Olá, Gabi!!! Adorei sua resenha muito legal, já ouvi falar muito nesse livro. Não li ainda, mas acho que será logo logo, e pelo jeito que mencionou deve ser fácil a leitura, mas com uma carga de reflexão grande,então isso me da mais vontade de ler. Parabéns pela resenha adorei!!! Só aumentou minha curiosidade !!!

    https://pequenosinfinitosz.blogspot.com.br/#uds-search-results

    Bjs

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  4. Caramba, eu não fazia ideia de que era uma distopia. Fiquei muito interessada com sua resenha. Tenho desejado ler mais clássicos e tirar essa ideia mesmo de são difíceis e chatos, adorei sua recomendação. Gosto muito de distopia e é possível que eu goste desse livro também :)

    ourbravenewblog.weebly.com

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  5. Eu não gosto muito de livro assim justamente porque clássicos tendem a me deixar com sono por causa da narrativa ou da história, mas como você falou que esse livro até que quebra esse paradigma que está no meu pensamento acho que vou dar uma chance a esse clássico, que por sinal eu só sabia que tinha o livro e não dois produções de cinema baseada nele. Vou me informar mais sobre ele.

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  6. Ual! Adorei conhecer essa história, já tinha ouvido falar mas nunca tinha lido nd a respeito...qro ler pra embarcar nessa aventura que parece ser mto boa, dpoid qro ver o filme ...
    Bjs

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  7. Oi Gabi.
    Não tinha ouvido falar sobre esse livro nem visto os filmes. Mas achei a premissa bem interessante e fiquei com muita vontade de ler o livro, pois amo distopia.
    Deve ser interessante acompanhar o processo de desumanização das crianças, como forma de adaptação a nova realidade que é a vida na floresta.

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  8. Vou ser sincera; Não sabia da existência do livro e nem do filme.Não sou muito ligada em distopias,e não sei se gostaria desse livro... Quando os personagens são crianças,e o tema é um pouco pesado, fico com receio de ler ou assistir.
    Porém gostei que tenha dado uma sugestão de um clássico.
    É difícil ler resenhas de livros que não são tão atuais.

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  9. Olá!
    Distopias raramente me interessam, nunca me dei bem com os livros desse gênero, os poucos que li até o final, foi uma leitura bem devagar.
    Não pretendo ler esse por motivos óbvios, mas uma coisa me deixou com um pouquinho de curiosidada, é saber como toda essa jornada termina.
    Bjokas!

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  10. Tive uma professora que falou horrores de coisas boas sobre ele. E depois cheguei até a ver menção em um livro, mais ou menos a ideia do que era a história e gostei, eu vontade de ler. Ele parece ser bem diferente do que leio, é uma boa dica para mudar. E clássico? Eu gosto. Acho bom para ver como era a escrita, o que tinha de contexto social na época tal e esse tipo de coisa. É interessante pra mim por dar uma ideia daquela época, aquele passado. Algum dia ainda leio.

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  11. Oi, Gabi....
    Gostei muito de conhecer um pouco mais dessa história... Ainda não tive oportunidade de ler esse livro, mas gosto dos clássicos. Distopias me chamam bastante a atenção. Estou bastante curiosa para ver como esses meninos perdidos em uma ilha deserta vão conseguir sobreviver...
    Beijinhos...

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  12. Oi Gabi, já ouvi falar muito deste livro mas nunca tive vontade de ler por achar que é chato haha mas sua resenha me fez mudar meu ponto de vista pretendo ler em breve para ver se acabo gostando
    Beijos.

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